O amor que seja lúcida loucura,
O amor que seja uma e outra vez,
O amor que seja o vinho sem mistura,
O amor que seja a sede e a embriaguez,
O amor que seja a fome de ternura,
O amor que seja a pele e a nudez,
O amor que seja febre, a abrasadura
Que tome o corpo todo desde os pés
À cabeça no meio da fogueira,
Esse fogo que arde sem se ver,
O amor que seja água de primeira
Na boca do incêndio que vier,
O amor que seja o leito, a aluvião
Do rio caudaloso da paixão.
© Domingos da Mota
Publicado em Gazeta de poesia inédita
belo texto boa poesia
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