Os velhos são velhos,
Os velhos em risco,
Sofrem dos artelhos,
Dos rins, do menisco,
Dos olhos, dos dentes
E do coração
E de diabetes
E de solidão;
Com DPOC,
Com asma, bronquite,
Os velhos têm febre,
Não têm apetite.
A tosse e as dores
E a falta de ar
E muitos tremores,
Com chão para andar.
Esburgado o chão,
Cansados da alma,
Ainda dirão
À morte: tem calma.
© Domingos da Mota
Publicado em Gazeta de Poesia Inédita
Muito bom, um retrato fiável do envelhecimento.
ResponderEliminarUm abraço